25 Anos sem Bruce Lee
Estamos comemorando este ano a data dos 25 anos da morte de Bruce Lee, e como não poderia deixar de ser, dedicamos aqui um espaço ao grande mestre que ele foi. Sua vida e sua experiência nos deixou um legado imenso e rico, que até hoje usufruimos. Falar sobre sua vida em tão poucas palavras seria insensato e pouco proveitoso, além de que é um assunto mais do que falado, portanto nossa intenção é realmente uma homenagem.
Bruce Lee faleceu prematuramente em 20 de julho de 1973 com apenas 32 anos. Sua vida nas artes marciais foi desenvolvida dentro do Kung Fu, mais particularmente no Wing Chun (ou Ving Tsun). Falar de Bruce Lee dentro de uma escola, ou fazendo parte da mesma, é uma coisa que vai contra seus princípios, já que ele, como fazia questão de frisar, não pertencia a nenhuma escola. Este é um assunto meio crítico, já que pode tirar a fama de alguns que se sustentam em razão do mito de Bruce Lee. Se tivermos a chance de poder ler sua obra inacabada (na verdade suas anotações), o "Tao of Jeet Kune Do", veremos que a filosofia em sua vida era primordial. Em seus artigos Bruce dizia que o artista marcial precisa ser livre, e liberdade implica em não se atar a nenhum dogma ou imposição. Não pertencer a nenhuma escola ou estilo significa que o praticante de artes marciais não deveria supostamente se prender ou se deixar levar cegamente pelos outros. Na verdade um mestre é apenas um guia, que guiará e indicará o seu caminho e a sua verdade. Todo indivíduo é livre e todo indivíduo necessita explorar seus potenciais, que são vastíssimos. No início precisamos aprender a andar, mas depois andaremos por conta própria o resto de nossas vidas. No início precisamos de ajuda, mas ajuda não implica em tolhimento, em punição, em imposições a serem seguidas cegamente. Assim como existem estilos que são diferentes, criados por homens diferentes, assim existem seres humanos diferentes, e sendo diferentes por que ensiná-los da mesma maneira?! Prova disso é seu estilo Jeet Kune Do (que significa literalmente "Caminho do Punho Interceptador") que foi desenvolvido por ele mais como uma forma própria de encarar as artes marciais. Uma pessoa como ele tinha que criar um estilo próprio e não se ater a nada, e assim poder crescer constantemente no caminho, sem restrições, sem imposições nem regras. Eu diria que cada ser humano é um estilo, tem um estilo e deve praticar seu estilo. A sua forma de encarar a vida é diferente da minha e nem por isso eu ou você estamos errados. A verdade está em cada um e sendo assim sigamos nosso caminho. Um aluno tem características próprias e Bruce enfatizava o treino personalizado. Por isso não tinha tantos alunos.
Bruce Lee ficou conhecido como ator, de Hong Kong para o mundo, mas também, e no meu ver o mais importante, foi sua justa fama nas artes marciais. Foi uma pessoa que explorou suas capacidades físicas, filosóficas e espirituais.
Poderíamos aproveitar e falar também do início da sua fama e de seu mito, que começou quando ainda era vivo. Começou em 1964, quando Ed Parker (mesmo treinador de Elvis Presley, criador do Kempo Karate) o chamou para uma demonstração num campeonato em Long Beach. Daí foi chamado para fazer o "Besouro Verde" e começou seu sucesso.
A causa de sua morte foi, segundo os médicos, uma hipersensibilidade a um remédio chamado Equagésic.
Em memória de um homem que não foi distorcido por métodos clássicos.
Bruce Lee nos mostrou como andar, o resto é com a gente.
Texto:
Oswaldo Júnior ([email protected])
&
Marcelo Albuquerque ([email protected])
Bruce Lee em Ação
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